Práticas, versáteis e dinâmicas: são essas as
características que definem as cinco casas pequenas projetadas pelos
profissionais do CasaPRO (rede de profissionais do Casa.com.br) que
selecionamos nesta galeria. Pensados para jovens solteiros, casais ou famílias
com filhos, os projetos destacam o cuidado com a otimização dos espaços, a
integração e a ambientação multiuso. "Queremos mostrar que é possível
habitar com conforto, design e um pouco de luxo. Tudo isso sem gastar muito, em
espaços restritos", afirma o arquiteto Luiz Henrique Pinto Dias, autor do
projeto Box House, em exposição na Casa Cor Paraná.
A edição de junho de CASA CLAUDIA traz 43 soluções de
decoração para casas compactas, com dicas para espaços de 120, 143 e 220 m². Na
discussão do CasaPRO, uma questão foi levantada: até que tamanho uma casa pode
ter para ser considerada compacta? Afinal, 200m² em uma área urbana beira o
latifúndio... A arquiteta Larissa Lieders relativiza. Para ela, além da
metragem, é necessário considerar o número de moradores que dividirão o espaço.
"Quanto maior a família, mais os moradores terão que compartilhar as
áreas", aponta. Reunimos aqui projetos de 45 até 130 m², pensados para
diferentes perfs de moradores. Navegue pela nossa galeria e conheça as soluções
apontadas pelos profissionais em cada uma delas para fazer a casa crescer.
A
Box House de 60 m² projetada pelo arquiteto Luiz Henrique Pinto Dias para a
Casa Cor Paraná é formada por três módulos: cozinha e estar, home office e
dormitório, e sala de banho. A estrutura simples, geométrica, é feita em
alvenaria estrutural.
O projeto tem 60 m² de área interna e mais 40 m² de área
externa, que compõe o estar social. Por ser modular, permite expansão
horizontal ou vertical – com a anexação de novos blocos ao redor ou em um novo
pavimento. Assim, o espaço pensado incialmente para um jovem casal, pode ser
ampliado para receber futuros filhos.
O porcelanato (Ceusa) predomina nos revestimentos. Na área
externa, o piso Extint imita madeira de demolição e o SPA recebeu porcelato que
simula canjiquinha. No interior, o revestimento cerâmico imita o mármore
calacata e travertino. “É uma forma de ter o luxo sem gastar muito. Além disso,
esse tipo de revestimento tem praticidade na manutenção, ideal para o público
com pouco tempo”, destaca Luiz Henrique.
A planta baixa da Box House permite visualizar a estrutura
modular do projeto. Para o arquiteto, o essencial em áreas pequenas é garantir
o conforto. “Nesses projetos, não pode haver desperdício de espaço, tanto na
horizontal como na vertical. Utilizar um beliche ou aproveitar os espaços sob a
cama pode fazer toda a diferença, sem abrir mão do design”, aponta.
O Conteiner Loft, desenvolvido pelos arquitetos Lair Schweig
e Livia Ferraro é construído a partir do reaproveitamento de conteiners
marítimos fora de uso. O projeto de 45 m² foi desenvolvido para a mostra Casa
Cor Santa Catarina. A estrutura em caixas favorece a mobilidade: caso o morador
precise se mudar, é só levar a casa junto. “O conteiner serve para quem tem
vida dinâmica. São pessoas que podem mudar de cidade, alugar terrenos e até
acoplar vários conteiners”, idealiza Lair.
Nos revestimentos, o projeto pretende seguir a linha
sustentável e conta com madeira de reflorestamento, rodapés 95% reciclados de
poliestireno, piso de pvc com base de borracha (pneu reciclado) e pintura
térmica à base d água. A iluminação externa é feita com leds e painéis
fotovoltáicos são responsáveis por 50% da geração de energia.
Entre as soluções para aproveitar os espaços, a lavanderia
fica embutida nas portas originais do Container e tem acesso por fora. Por uma
abertura no banheiro, o morador joga a roupa suja diretamente no cesto na
lavanderia. Nela, pode-se secar as roupas à sombra (com um varal na parede) ou
ao sol, com um varal na porta. Durante a noite, com as portas fechadas, duas
janelas garantem a ventilação deste ambiente.
No piso superior, o dormitório tem saída para o terraço, com
área de 20 m².
Na busca de uma moradia próxima ao trabalho, a arquiteta
Larissa Lieders deparou-se com esta casa de vila, em São Paulo. Antes da
mudança, com marido e filha, a arquiteta reformou o sobrado, de 90 m².
“Quisemos uma casa compacta porque trabalhamos o dia inteiro fora, então tem
que ser um lugar fácil de manter”, conta.
A casa em Santo Antônio do Pinhal foi pensada inicialmente para uma família paulistana com um filho, com planos de mudar-se para o município. O projeto das arquitetas Raquel Gaiolla e Renata Ferrão, de 133m², teve de ser alterado com a chegada do segundo filho do casal e abriu espaço para o terceiro quarto.
Os revestimentos escolhidos são simples, com destaque para a
praticidade da manutenção. “Os moradores queriam uma casa bem rústica. Assim,
foi usado tijolo estrutural da própria região e pisos em cimento queimado”,
conta Raquel. A vista foi privilegiada com muitas aberturas envidraçadas, que
permitem a entrada da luz natural.
A planta baixa da casa evidencia a integração dos espaços na
área social: a cozinha abre-se para a sala de jantar, integrada com o estar. “A
integração dos ambientes favorece a sensação de amplitude do espaço”, aponta a
profissional.
O projeto de 97m² em Garopaba – SC é da arquiteta Rosane
Nolasco Leitzke – ela mora na casa com o marido. Os ambientes sociais estão
voltados para a frente do terreno com entrada principal pela varanda.
Projetada como um loft, a casa tem os ambientes sociais
integrados: cozinha, sala de jantar, estar e home office dividem a mesma área.
“Como não temos filhos, quisemos uma casa prática e pequena, que não desse
muito trabalho”, conta Rosane. O pé direito elevado com um grande rasgo de vidro
garante a iluminação natural e a ventilação dos espaços.
Com o projeto pensado a partir do estilo de vida do casal, a
integração dos espaços favorece ainda mais o convívio. “Meu marido gosta de
cozinhar e eu trabalho logo ao lado, na bancada que forma o home office”,
explica.
A planta baixa permite visualizar a divisão entre os dois
quartos e a área social, agrupada em um bloco único.
Fonte: Casa.com.br
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